terça-feira, 24 de outubro de 2017

Noite Fria

Em uma noite fria,
Eu me perco em meio a pensamentos suicidas
Em uma noite fria,
Penso em dar um fim a minha vida
Em uma noite fria,
Desejo que não exista um novo dia.

O tempo me devora, minha alma está indo embora
Um tormento indescritível bate em minha porta
O vento me avisa da maldade nascida da aurora
Eis que sentencio minhas memórias ao limbo
Quem sabe o cheiro da rosa eu já tenha esquecido
Ao nascer do Sol, eu já espero ter morrido.

Minha desolação me transformou em uma aberração
Cego pela tristeza, solidão, aflição
Tudo que, pelos meus dedos são tocados,
Ganham a cor da escuridão
Não há mais nada que possa me deixar inspirado
Foi-se junto as lembranças a muito perdidas
E meu coração, fragilizado, se encontra em ruínas
Poeira é o que surgi em minha vista
Não há mais nada em que acreditar,
Minha esperança fora totalmente perdida
No colo da noite minha cabeça irei repousar.

Procurei, mas dirão que eu nunca soube o que queria
Esforcei, porém, as garras do desespero provocaram-me várias feridas
Em solo ardente me arrastei, e no fim, a macieira negou-me comida
Não aguentei, me corpo me empurrava em direção ao chão
Estava, enfim, a beira da destruição
Depois que fechei meus olhos, o silêncio veio em forma de punição.

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