quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Marujo

Eu estava velejando em um mar infinito
Possuindo o mapa como meu guia
E o leme como meu amigo
O horizonte instiga aventuras e perigos
Mas sei que Poseidon está comigo
A luz da Lua ilumina minha direção,
Sinaliza meu caminho
Busco fortunas, aventuras, mulheres nuas
Talvez eu veja uma sereia e ouça as canções suas
E que eu não blasfeme perante o oceano,
Pois ele guarda uma criatura devoradora de barcos e homens.

A brisa da liberdade me inspira
Em meus olhos eu aprecio a bela vista
As águas do mar preenchem minha vida
Navegarei até que as velas sejam destruídas
As correntezas me levarão à terra prometida
Que a luz do Sol sempre me indica
Talvez em minha aventura eu encontre uma Ariel
Ou que eu me afogue no rum e me sinta no céu
Quero cruzar o Índico e o Pacífico
Velejar do polo norte ao polo sul, resistir ao frio
Apreciar a aurora,
Namorar duas ou três mulheres na praia de Noronha
Me precavendo à visita da cegonha
As ondas são minhas verdadeiras damas.

Sou apenas um amante do mar
E assim como Moby Dick, é nele que quero me eternizar
Já falei que também gosto de pescar?
Agora estou vendo o Sol se deitar
Amanhã não sei onde ele irá me levar
Sou apenas um marujo, sem tijolos para chamar de lar.

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