domingo, 24 de julho de 2016

O Garoto das Rimas II


Não sei por que comecei a rimar
Com esse assunto irei iniciar
Dois ou três poemas minha mãe um dia me passou
"Eles são realmente bons", ela falou
Eles eu li, e assumo, não os entendi
O que estava escrito ali
Foi nesse momento que eu vi
Posso escrever com esse pedaço de papel aqui
O que, no momento, eu senti
Naquele instante, escrevi
Na época, da professora de português, o escondi
Tímido, admito,  me privei
Disso eu sei, disso me lembrei
Quando alguns versos dediquei
Porém, não os guardei
Na lixeira da sala de aula os joguei
E por um período de tempo, os versos abandonei.

As músicas me deram uma vantagem
Há pessoas que começam na desvantagem
Pegando cada palavra que as compõem
Os sentidos que dispõem
Me permiti viajar
Nas ideias soltadas no papel, afundar
Lembro agora de quando escrevi "Meu Mar"
Foi interessante escrevê-lo, digo já
Não me importo de meus sentimentos expressar
Afinal, como qualquer um, tenho algo para contar.

"O que rima com isso?", me perguntava
Fiquei muito tempo, a pensar
Para um verso com sentindo, resultar
Não digo que sou o melhor
Dentre os melhores, sou o pior
Quer dizer, para ser o pior, deves saber de algo
Como dizia conhecidos, "Não dou nem pro caldo"
Não quero impressionar ninguém
Só quero um cantinho para escrever, talvez sobre alguém
Colecionando versos no caderno
Escrevendo aquele sentimento interno
Apesar de ser um garoto complicado
Das rimas sou um garoto admirado.

Todas as vezes que escrevo, lembro
Vou escrevendo, crendo
Pelo jeito que sou, serei assassinado
Por alegrar aqueles que estão do meu lado
O importante é que os tirei da depressão
Mostrei à eles uma razão
Para alguns, disse para seguir o coração
Apesar de nem sempre ser uma boa escolha
Mas não poderia deixar que morra
Os frutos do trabalho árduo, colha
Veremos os próximos versos que farei
Vejamos as próximas memórias que direi
Mais uma aqui, representei
E novamente, mais uma folha do caderno, virei
Mais ideias ali serão jogadas
Será que serão odiadas?

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